Qual a medida do certo e do errado?
Alguém um dia disse que X era certo e que Y era errado e foi o que bastou.
Conceito que se perpetuou e que permanece como verdade absoluta.
Ninguém contesta. Todos aceitam.
As regras estão ai, foram-nos dadas e, alienados, seguimo-las sem nos dar conta de que tudo o que pensamos fazer de original na vida está imbuído de normas, as quais são intrínsecas, quase natas.
Quero ser original na vida, mas tudo o que penso me leva a ações ordinárias.
Quero fazer do “meu jeito”, mas não consigo me livrar do fardo do certo e do errado.
Quero contestar aquele que um dia disse que o Y era errado, gritar que estava errado e que não compactuo mais com seu dogmatismo, mas falta-me a audácia necessária para me jogar na vida e ser livre.
Meus pensamentos contaminados me levam a ações doentias que me privam da liberdade de ser essencialmente quem deveria ser.
Estou presa a convenções de tempo que me dizem que sou prisioneira da vontade alheia.
Calo em mim a ânsia por liberdade, por fazer do “meu jeito”, porque aprendi que alguém algum dia disse que o X era o certo.
E temos que ser certos na vida.
Por quê?
Se eu quero ser errada na vida tomo-a como criação minha, responsabilizo-me e arco com as conseqüências que certamente recairão sobre mim, pois ir contra o estabelecido sempre suscita hostilidades.
Devo me desprender dos conceitos que vivem arraigados em mim para que possa compreender a hostilidade como mera ignorância de quem não sabe que pode fazer diferente.
Devo ser livre dentro de mim.
Devo transgredir-me!
Devo ser errada na vida.
LFG, 20 de abril de 2010.
Existe de fato o certo e o errado.
ResponderExcluirArraigados com certeza em nós mesmos.
Então por que o supostamente errado atrai?
Penso que de desafios é que crescemos, temoso livre arbítrio e com isso podemos sim fazer o que nos é de vontade.
Mas, se agirmos de acordo como nossas vontades, não estaríamos desafiando o supostamente correto?
Então onde esta nosso livre arbítrio se não podemos desafiar o suposto correto?
Desejo não pensar no certo ou errado.
Apenas fazer o que de mais acertado me deixe feliz.
Talvez, dure por pouco tempo.
Talvez a correnteza do suspoto "certo" me arraste de volta, e faça todo o percurso desvanescer em seu "mar" de coisas certas.
Mas o gosto das coisas esta no percurso, e não no destino, então mesmo que por segundos sei que fiz o que quis fazer.
E mesmo que volte à estaca zero, sei que deixei meu assento de certezas par viver a incerteza do que julgaram ser "errado".
Talvez, depois disso eu sossegue, ou não.
O fato é que ninguém pode me dizer que caminho seguir, apenas seguirei o que minha alma almejar.
Beijos!
Quantas dúvidas pairam em nossas mentes?
Quantos desafios não nos fazem realmente tentar?
Por isso, seres pensantes são em primeiro arrebatados da sociedade, pois desafiam o que sua maioria prefere acreditar sem ter de pensar no por quê!
Hamilton querido, a concepção de errado que atrai já é um conceito formado, de que atrai porque é errado, proibido e etc. Mas o errado em questão é o que foi constituido pelo homem. Um errado que permanece para manter uma aparencia de sociedade saudável. O moralmente aceito, o socialmente correto. Construções!!!
ResponderExcluirMeus certos e errados preferem ser assim:
O que quero prejudicará alguém?
Se sim, não devo faze-lo. Se não:
Se fosse comigo gostaria que fizessem?
Se não, não faço. Se sim:
Algo bom resultará disso?
Se não, procuro não fazer. Se sim:
fará o bem só para mim ou para mais pessoas?
Se só para mim, vou pesar mais uma vez e tentar não ser levada por meu desejo egoista. Se acredito que fará bem não só para mim, mas que ainda assim a ação vá contra o certo socialmente construído, quero que se dane o socialmente e as verdades absolutas!
E meu percurso só me serve se for compartilhado. Não nasci para caminhar só!.(risos)E no meu percurso tem que haver o meu certo; que ás vezes pode ser o errado de alguém...
Beijo. Um só.