quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sente...





Quando o coração pulsa, sentimentos.


LFG,  24/11/2010.

Ando sumida, pois tardiamente resolvi ter uma profissão e isso leva tempo, inclusive o cronológico. 
Fim de semestre sempre é uma correria...
Mas prometo que nas férias me dedico aos amigos e amigas queridas (os) e prestigio todos os espaços que tanto gosto de visitar.

Meu blog projeto (que é para ser profissional, se tudo correr bem) está começando agora.
Se você me segue ou visita aqui, pode visitar e seguir lá também:


Bjs

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SOS Mãe Solteira

Estou com um projeto para discutir uma das minhas tantas condições:

SOS Mãe Solteira

Para quem me segue aqui, pode me seguir lá também e ajudar a criar um espaço que seja util para a discussão do tema em questão.






quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Reflita-me em bom ângulo.

Aos meus fiéis seguidores e alguns visitantes esporádicos, peço desculpas pela ausência.
Época de provas e trabalho de fim de curso acabam roubando muito do tempo que seria dedicado ao prazer em compartilhar pensamentos.
Hoje eu roubei um tempinho de mim mesma e vim aqui postar ;)



 Reflita-me


Acredito que as relações podem ser comparadas a um espelho.
Imagino uma relação entre duas pessoas da seguinte forma: estou em frente a um outro  que me reflete, assim como ele se vê refletido através de mim. O que espelhamos é o que de mais íntimo existe em nós, pois espelhamos uma substância que não é passível de máscaras ou disfarces. Espelhamos o que nos constitui, nossa energia.
Seria uma relação na qual a troca de energia se daria nessa interação reflexo-reflexo.
Uma boa relação seria aquela na qual a energia fluísse de ambos os lados: encontro-me com você e saio desse encontro sentindo-me melhor; você também sai desse encontro sentindo-se assim.
Fechamos!
Somos espelhos perfeitos, pois entre nós a energia flui.
Entretanto, às vezes no metemos em relações que mais parecem espelhos encontrados em parques de diversão.  Sabe aquela casa de espelhos que, quando paramos em frente de um, vemos refletida nossa imagem disforme? São espelhos incapazes de nos espelhar fielmente. Ao contrário, parecem feitos para refletir nosso pior ângulo.
Espelhos que cumprem a função de impedir a troca e, por vezes, até sugam nossa energia.
Algumas relações são assim, como espelhos defeituosos.
Fechamos?
Algumas pessoas se comprazem na fluidez; outras ficam inertes frente ao reflexo duvidoso.
Eu, de minha parte, quando me deparo com alguém que só consegue espelhar o que há de pior em mim, digo adeus e vou-me embora. Não culpo o outro por refletir meu lado ruim, pois sei que ele está aqui. Só não me sinto obrigada a continuar numa relação na qual meus melhores ângulos não conseguem nunca ser vistos.
Mas essa é uma questão de ângulo...




Lilian F Gomes, 28 de outubro de 2010.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Amor é bicho instruído

Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
.
Carlos Drummond de Andrade
 
 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O Teatro Mágico

Para ver e ouvir!!!



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Grátis para você, REMUNERADO para o artista.

TRAMA VIRTUAL: aqui!!!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Proibido pisar na grama!!

Por conta das leituras para meu TCC, hoje compartilho o trecho de um livro que estou lendo que trata (desculpem-me) da morte dos filhos.

Liberemos os gramados!!!





“(...) Porque é proibido pisar na grama. E enquanto for mais valiosa a grama – coisa, objeto – do que o sorriso da criança, e enquanto a criança for impedida de pisar na grama, o filicídio existirá potencialmente em todos nós – que proibimos, ou que silenciamos diante da proibição.
Por que proíbo de pisar na grama? Porque, ao proibir de pisar na grama, cresço em poder, demonstro ser forte. Passo a pertencer aos defensores da grama e aos que mandam nos gramados. Não estou mais só, faço parte. Quando rechaço uma criança e evito a conspurcação da grama que defendo para que fique intacta, irradio força, e no pequeno trecho de algum gramado sou autoridade. Ao mandar, comunico a auto-realização.
A criança crescerá? Tentará conquistar o gramado no futuro? Mas eu posso impedir que cresça, posso salvar o gramado. Posso – não: devo! Pois a criança é um perigo em seu desejo de pisar na grama. São ameaçadores seus passos do pequeno conquistador, e é ameaçador o seu sorriso do triunfo em nascedouro. É perigosa a criança, mesmo que se trate da minha.
(...) Pois que a criança sorrindo cresce competitivamente, mais destemida. Vencedora no gramado torna-se mais valente na luta pela sobrevivência. Poderá ser um concorrente poderoso até do pai. E o estrago da grama? (quanto ao filicídio)... não é preciso perpetrá-lo fisicamente para que exista. Basta proibir de pisar na grama. ”


Referência: Rascovsky, O assassinato dos filhos. Ed. Documentário, Rio de Janeiro, 1973.

 

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Alma Submissa







Perverto-me para que tu me vejas virtuosa
A alma submissa,
A pele tingida de púrpura,
A carne flagelada.
Meu prazer que não é outro senão ser o seu objeto de gozo
Ainda que possa ferir-me (e fere).
Diante de ti sou servil, me presto a ser quem nem sei...
Meu desejo é um: prevaleça para sempre em mim!







Um pouco de SOM!!!


LFG, 05 de setembro de 2010.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Você?



E você indagou:
- Quem sou?
- Não sei – disse eu. Conhecia-te de antes, hoje não mais. Você mudou. Eu mudei.
Minha percepção de você não é a realidade. É uma mistura do que foi e do que eu gostaria que fosse, mas não é você.








LFG, 30 de agosto de 2010.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sem contorno



O corpo é o lócus do prazer imediato, que nele se encerra. O amor, este não tem contorno.



Lilian F Gomes, 25 de agosto de 2010.


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sonhos podem ser.



Hoje cismei com sonhos e busquei saber em que momento haviam se perdido de mim, entretanto me surpreendi ao perceber que meus sonhos não ficaram para trás; acabei por sublimá-los em meu cotidiano:

Queria ser pianista, cantora, fotógrafa e escritora; aprendi a tocar teclado, canto todas as noites para meu filho dormir, fotografo os melhores momentos da minha vida (ok, nem todos) e escrevo para mim (e para você).

Não me rendem divisas, mas satisfazem-me. 

Sonhos infantis que não ficaram pelo caminho, como sempre imaginei que havia sido. Se não pude tê-los como em princípio, percebo agora que permeiam toda a minha vida.

Posso falar que realizei meus sonhos de criança com o acréscimo de ter tido novos sonhos na vida adulta, os quais, agora, busco concretizar.

Não choro sonhos perdidos; encontrei-os em minha vida e pude perceber como eles, de uma forma ou de outra, se realizaram.

A vida pode mesmo ser uma beleza!, basta ter olhos para ver.



Lilian Fernanda Gomes, 23 de agosto de 2010.


domingo, 8 de agosto de 2010

Uma palmada não dói!

As vezes, nas relações, nos emprestamos de tal forma que acabamos nos perdendo no outro...
Mas haverá o tempo no qual nos re-encontraremos com nós mesmos, acrescidos das experiências
que só uma relação "com o outro" pode nos propiciar.






Era lindo como nenhum outro, pois era possuidor de uma confiança titânica: Nada poderia abalar!
Um dia, voltando da escola, encontrou a mãe ensimesmada lavando louça e preparando o almoço.
Queria contar das novidades aprendidas na aula e a urgência de partilhar o que havia aprendido
era tanta que foi largando no chão os materiais da escola, mochila, tênis...
Correu para a mãe buscando o conforto do abraço, mas ela o empurrou e ,esbravejando, gritava
que ele só sabia bagunçar o que ela havia arrumado e mais uma enchurrada de palavras "feias", as quais, se ele falasse, sabia que o castigo seria eterno.
Mais espanto sentiu ao vê-la se aproximar com o rosto transtornado e mãos ameaçadoras que feriam
seu corpinho onde quer que tocassem.
Correu para o quarto para fugir da surra, mas a mãe estava atrás impedindo que fechasse a porta.
A mãe era tão grande! Não tinha como se defender...

No dia seguinte, na escola, a professora indagou dos hematomas em seu rosto, braços, pernas, mas ele não
sabia o que responder. Sabia que deveria dizer a verdade, pois fora o que lhe ensinaram seus pais. Mas a verdade lhe custaria quanto? Quanta dor mais? Disse que havia caído da escada na casa do vizinho.

Na volta para casa não ia mais exultante; o pesar da dúvida de como seria recebido por sua mãe
angustiavam-no mais que qualquer outro bom pensamento que pudesse ter.
A mãe, lavando e cozinhando, não notou sua presença quando passou pela cozinha e foi direto ao quarto, dessa vez sem alardes, tendo o cuidado de não deixar nada espalhado pelo chão.
Minutos depois a mãe entrou no quarto furiosa e perguntando aos gritos porque ele não havia ido direto lhe contar o que havia aprendido na escola.
Para mãe ele podia dizer a verdade:
- Porque tive medo de que você me batesse de novo, mamãe.
- Medo de mim?! Você tem medo de mim? Vou lhe ensinar a não ter mais medo da sua mãe. Sua mãe que te ama e que te carregou nove meses na barriga, é dela que você tem medo?
E nova surra...

E a cada dia o menino lindo e possuidor de uma confiança inabalável foi se fechando mais e mais; já não sabia o que era o certo e o errado, se diria verdades ou mentiras, se apanharia por nada ou conseguiria passar despercebido pela mãe naquele dia.

E ele cresceu e quando teve o primeiro filho prometeu que nunca faria o que a mãe havia feito.

Dez anos se passaram até a primera explosão: o filho chegava do futebol e deixou as chuterias largadas no meio da sala, apressado para ligar o computador e contar aos amigos que havia feito um gol.
Não conseguiu entrar na sua página de relacionamentos, pois antes que o computador ligasse o pai já estava
sobre ele, feroz e amedrontador... tão grande! Como poderia se defender?

Quando ele cresceu, jurou que não faria o mesmo com o filho...
Passaram sete anos até a primeira explosão.
Mas neste dia o circulo vicioso da violencia intrafamiliar foi rompido: uma nova Lei havia sido aprovada e, 
graças a Internet e outros meios de comunicação que facilitavam o acesso a informação, o menino conhecia seus direitos fundamentais como criança.
Pesquisou naInternet um artigo sobre a nova Lei e deu para o pai ler.
- Se me bater de novo, ligo pra polícia.

Os vizinhos e familiares ficaram todos indignados quando souberam do disparate do menino, acusando o governo de se meter em assuntos que não lhe diziam respeito, que agora criariam marginais em suas próprias casas. Onde já se viu criar um filho sem bater? Que educação dariam aos seus quando lhe eram retirados os direitos de poder dispor de suas crianças como bem entendessem?

No íntimo, o pai agradeceu a inteligência do filho. No íntimo, a avó agradeceu a esperteza do neto. Eles haviam passado todos por uma história de violência no seio da família, mesmo tendo prometido nunca repetirem seus pais, acabaram cedendo ao impulso primário da facilidade que só uma violência contra a criança é capaz para "resolver" problemas.
Queriam muito ter feito diferente, mas sabiam que após primeira pancada era muito dificil parar...


************************
Escrevo diante da minha revolta pela revolta que a nova Lei que complementa o ECA vem causando em pessoas de todos os níveis culturais e econômicos.

Termino a postagem de hoje com uma frase de meu pai, que cursou até a 4ª série do Ensino Fundamental:

"Se você não tem capacidade de educar um filho na base do diálogo, não é com pancada que vai conseguir.
Ele não vai respeitar você, mas o chinelo."


lfg, 08/08/2010.

sábado, 7 de agosto de 2010

O sussurro do tempo.




O tempo sussurra o findo, o ido

E o dia traz aquilo que não foi...

Será?

Silêncio que aquieta os ouvidos e exaspera a alma

No momento exato do agora que virou passado.

E que encerra presentes e futuros no inaudível sussurro

Inexorável e obsceno, agente das (in)certezas do que restou.

Restou?


 

lfg, 07/08/2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Há vaga!

Férias!
E internet discada, o que impossibilita a busca por imagens que tanto gosto de agregar ao que escrevo.

 Hoje será sem imagem, infelizmente.






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O coração, depois de um amor, abre vaga para um novo.
Não é que o coração seja volúvel ou que o amor tenha sido pequeno,
é 'so que o maior prazer do coração é amar!
E se o primeiro amor não deu certo, que venha o segundo, o terceiro, o quarto...




lfg, 25 de junho de 2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Hoje não.






Tem dias que o coração procura alento e não encontrando busca refúgio no esquecimento. 

Esquecer é entorpecer sentimentos que, de outra forma, 

seriam dolorosos demais para o dia presente.

Só por hoje não quero emoções; quero embotar minha alma e repousar numa pseudo-paz.

Que amanhã o dia venha e me encontre mais disposta a, quem sabe, enfrentar com mais 

dignidade essa luta que me consome.

Hoje só quero esquecer...


lfg, 09 de junho de 2010.







quinta-feira, 3 de junho de 2010

O amor é impensável sem um bode tocando violino.

“La Mariée”- Chagall.

O dia dava cambalhotas!
Logo ao acordar teve que saudar o sol que penetrava as frestas da janela de seu quarto. Como não se alegrar com tão gentil intruso, que trazia consigo um quê de aconchego cálido?
A água do banho lavava o corpo, pois a alma acordara lavada.
O café parecia mais doce que de costume e o pão fresco estralava a cada mordida.
Na rua as pessoas pareciam mais gentis: bons-dias e olás, aos quais respondia com o sorriso que lhe ia na alma.
A natureza confabulava! Pássaros cantavam alegres nas copas das árvores e o vento acompanhava a sinfonia. Tudo dançava: as folhas e galhos, os arbustos, as flores pequenas dos jardins por onde passava. Até o som habitualmente estressante do trânsito, neste dia, vinha se juntar à canção.
No caminho decidiu que não iria ao trabalho. Ligou e deixou o recado:
- Se hoje for o dia do meu eterno retorno, tomo ele em minhas mãos.
Claro que ninguém entendeu, mas não se preocupava com os outros. Desligou o celular, parou o carro no primeiro estacionamento e ganhou o mundo a pé.
Logo chegou ao parque pelo qual passava todas as manhãs, sempre com o pensamento de que, quando tivesse tempo, deitaria na grama e buscaria desenhos nas nuvens.
Elefante, pato, cachimbo, girafa, sorvete de bola, sono... sonhou:
O dia nascera lindo, com o sol brilhando dourado, colorindo o mundo. Ela era dourada também. Largou mão da rotina e foi juntar-se às cores. Queria que todos os dias fossem pintados assim.
Quando ouviu chamarem seu nome não sabia se era de dentro do sonho; preferiu acordar. Olhou ao redor e, não vendo ninguém, decidiu procurar. O parque estava quase vazio (um desperdício) e dentre as pessoas próximas não via ninguém a quem pudesse reconhecer e vincular o chamado.
Talvez fosse seu inconsciente chamando para o resto do dia. Ligou o celular e discou o número.
Marcado o encontro inusitado, lá foi com o corpo dourado e a alma brilhante selar o seu dia eleito: não faltava mais nada.
Com a cabeça sobre o peito dele, sentindo a respiração quente como havia sido o sol pela manhã (aconchego), adormeceu entre seus braços, em paz.
O dia dava cambalhotas!
Logo ao acordar teve que saudar o sol que penetrava as frestas da janela de seu quarto. Como não se alegrar com tão gentil intruso, que trazia consigo um quê de aconchego cálido?


LFG, 03 de junho de 2010.

domingo, 30 de maio de 2010

Armário


Revirava as gavetas e portas do armário tentando encontrar algo. 
Não sabia o que, mas deveria encontrar. 
O sentimento era de urgência.

Tantas recordações! Tantos papéis amarelados pelo tempo inexorável. 
Fotos de lugares e de pessoas que nunca mais havia visto enchiam os 
olhos de uma saudade alegre. Cartões de aniversário ou de namorados 
ou amigos com frases feitas, mas sei que foram escolhidos a dedo em 
uma pilha deles. Pedrinhas de rios nos quais molhei meus pés. Uma 
flor seca embrulhada (de onde viria? Não lembrei).

Sim, a saudade pode ser alegre. Saudade alegre é aquela que te faz 
rememorar tipos e situações que te fazem pensar que valeu a pena ter 
vivido, que nada é em vão. Ao contrário da saudade triste que te prende 
no passado.

Senti saudade e entendi o sentido da busca: viver o que vale a pena!

Passei em revista minha vida hoje, fazendo um balanço frio e calculista, 
e me questionando o que fará a vida ter valido a pena daqui a cinco anos.

Meu filho, sempre!

Meus amigos (tenho estado tão pouco com eles).

Minha profissão, que escolhi por paixão.

Minha família, que não escolhi, mas provavelmente escolheria se fosse possível.

Nos contras restaram duas ou três pessoas e uma infinidade de 
comportamentos meus que sei que tenho que elaborar e mudar. 
Os comportamentos dizem respeito só a mim e com eles me viro; 
quanto às pessoas...

Como prever? 

Deixo então o cálculo frio na gaveta de baixo, sob todos os papéis 
amarelados e a fecho. Voltarei a ela daqui um tempo e só então 
poderei dizer, por ter vivido, se elas me enchem os olhos de saudade.


LFG, 30 de maio de 2010.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Olhos sorrindo!!!


Tem certos dias nos quais temos que admitir nossa incapacidade para descrever em palavras escritas o que nos vai na alma.

E quando chega esse dia, sábio é emprestar a genialidade de alguém já consagrado (ou dois, no caso) para contar e cantar por nós o que somos pequenos para descrever.


"Meu coração, não sei por que
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo"



"Vem matar essa paixão 
que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz"


Se sou-no-mundo idealizando, deixe-me idealizar a gente.


LFG, 27 de maio de 2010.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Gente Grande



Gosto de falar com você porque aprendo mais de mim. Você permite-me colocar à prova meus limites e vejo que não tenho os limites que sempre pensei.
Cresço demais, em poucas horas, o que provavelmente, sem você, levaria meses ou anos para crescer.
Seu senso crítico do mundo e das pessoas, sua língua afiada, seu humor acido casam com minhas idéias e me fazem conhecer mais acerca de mim.
As benfeitorias foram muitas; o tempo de prazer compensou largamente o tempo de angústia; mas chega um momento em que não temos armas ou forças para continuar.
Hoje se esvaiu mais do que o gozo fácil; junto foi o riso largo e difícil de me arrancar.
Mas em briga de gente grande não há perdedores ou vencedores e espero que possa enxergar que não perdemos nada. Talvez o balanço final penda positivamente, pois nos abrimos demais um para o outro e quando isso acontece nos abrimos para nós mesmos.
Tivemos uma relação “télica”, que sofreu ruídos externos de ondas muito fortes...
Mas não há o que lamentar!
Não se sinta vencido ou vencedor, ambos somos autores da nossa história e poderemos contá-la mais tarde para divertir ou emocionar.
Saudemos hoje o maior de todos os guerreiros: o amor!
Que seja bem-vindo e que seja sempre ele a vencer.




E para falar em coincidências e de me ver onde não estou, quando estive estampada na sua frente você não me viu:
- Prazer; me chamo Lírio!

Lilian ( ou do latim - Lirio do campo), 24 de maio de 2010.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Anjos existem!




A vida vale a pena por diversos motivos, grandes e/ou pequenos.
Sonhos que viram projetos que são concretizados dão importância à vida.
O amanhecer que traz possibilidades inesgotáveis dá sentido à vida.
Mas detalhes que, por vezes, parecem muito pequenos lhe dão significado:

Velava o sono de meu filho quando ele, sonhando, começou a rir.
Um riso tão alegre que me fez acreditar que estava brincando com os anjos.
Isso vale a vida!



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Era um menino de oito anos de idade e cursava o terceiro ano da escola. Sua professora notou que seus desenhos eram todos pretos. Nunca usava outra cor além do preto para desenhar. Preocupada, levou o caso à diretora da escola que por sua vez chamou a mãe do menino para contar o que ocorria em sala de aula. A mãe da criança, por sua vez, também se preocupou. Por que o filho só desenha com a cor preta?
Confabularam e decidiram procurar um psicólogo para diagnosticar a depressão profunda que certamente assolava o pequeno.
Marcada a data, lá foi o menino acompanhado pela mãe.
E porque existem maneiras diferentes de olhar um mesmo fenômeno, a pergunta feita pelo profissional foi fundamental:
- Por que você desenha tudo preto?
- Sabe o que é? Eu sou o mais alto da turma e por isso sento na ultima carteira. Quando é dia de desenho na escola, a professora abre a caixa de lápis de cor em cima da sua mesa e as crianças têm que ir até lá para pegar. Tá vendo esse joelho? Eu tenho um defeito nele e ando mancando, demoro a chegar à mesa da professora. E quando chego e vou pegar um lápis, só tem o preto.
A vida é simples! (e bela)




LFG, 21 de maio de 2010.