sexta-feira, 25 de junho de 2010

Há vaga!

Férias!
E internet discada, o que impossibilita a busca por imagens que tanto gosto de agregar ao que escrevo.

 Hoje será sem imagem, infelizmente.






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O coração, depois de um amor, abre vaga para um novo.
Não é que o coração seja volúvel ou que o amor tenha sido pequeno,
é 'so que o maior prazer do coração é amar!
E se o primeiro amor não deu certo, que venha o segundo, o terceiro, o quarto...




lfg, 25 de junho de 2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Hoje não.






Tem dias que o coração procura alento e não encontrando busca refúgio no esquecimento. 

Esquecer é entorpecer sentimentos que, de outra forma, 

seriam dolorosos demais para o dia presente.

Só por hoje não quero emoções; quero embotar minha alma e repousar numa pseudo-paz.

Que amanhã o dia venha e me encontre mais disposta a, quem sabe, enfrentar com mais 

dignidade essa luta que me consome.

Hoje só quero esquecer...


lfg, 09 de junho de 2010.







quinta-feira, 3 de junho de 2010

O amor é impensável sem um bode tocando violino.

“La Mariée”- Chagall.

O dia dava cambalhotas!
Logo ao acordar teve que saudar o sol que penetrava as frestas da janela de seu quarto. Como não se alegrar com tão gentil intruso, que trazia consigo um quê de aconchego cálido?
A água do banho lavava o corpo, pois a alma acordara lavada.
O café parecia mais doce que de costume e o pão fresco estralava a cada mordida.
Na rua as pessoas pareciam mais gentis: bons-dias e olás, aos quais respondia com o sorriso que lhe ia na alma.
A natureza confabulava! Pássaros cantavam alegres nas copas das árvores e o vento acompanhava a sinfonia. Tudo dançava: as folhas e galhos, os arbustos, as flores pequenas dos jardins por onde passava. Até o som habitualmente estressante do trânsito, neste dia, vinha se juntar à canção.
No caminho decidiu que não iria ao trabalho. Ligou e deixou o recado:
- Se hoje for o dia do meu eterno retorno, tomo ele em minhas mãos.
Claro que ninguém entendeu, mas não se preocupava com os outros. Desligou o celular, parou o carro no primeiro estacionamento e ganhou o mundo a pé.
Logo chegou ao parque pelo qual passava todas as manhãs, sempre com o pensamento de que, quando tivesse tempo, deitaria na grama e buscaria desenhos nas nuvens.
Elefante, pato, cachimbo, girafa, sorvete de bola, sono... sonhou:
O dia nascera lindo, com o sol brilhando dourado, colorindo o mundo. Ela era dourada também. Largou mão da rotina e foi juntar-se às cores. Queria que todos os dias fossem pintados assim.
Quando ouviu chamarem seu nome não sabia se era de dentro do sonho; preferiu acordar. Olhou ao redor e, não vendo ninguém, decidiu procurar. O parque estava quase vazio (um desperdício) e dentre as pessoas próximas não via ninguém a quem pudesse reconhecer e vincular o chamado.
Talvez fosse seu inconsciente chamando para o resto do dia. Ligou o celular e discou o número.
Marcado o encontro inusitado, lá foi com o corpo dourado e a alma brilhante selar o seu dia eleito: não faltava mais nada.
Com a cabeça sobre o peito dele, sentindo a respiração quente como havia sido o sol pela manhã (aconchego), adormeceu entre seus braços, em paz.
O dia dava cambalhotas!
Logo ao acordar teve que saudar o sol que penetrava as frestas da janela de seu quarto. Como não se alegrar com tão gentil intruso, que trazia consigo um quê de aconchego cálido?


LFG, 03 de junho de 2010.