Em que fonte mágica sorveu a notável capacidade
De, como nenhum outro consegue,
De, como nenhum outro consegue,
Excitar-me com vocábulos e verbos e termos,
Que, por essência, são frios se minhas mãos tocarem.
Se fossem verbos e vocábulos e termos sussurrados
Bem baixinho no ouvido, numa freqüência que induz ao gozo
Entenderia a mecânica da excitação:
Axônios, receptores, indutores, endorfina, adrenalina...
As palavras frias se transformam em ato erótico
Como se meu corpo fosse página em branco
Na qual suas palavras são gravadas sob a pele,
Entram na corrente sanguínea e causam esse fenômeno louco que faz com que
Excite-me apenas em pensar que falar com você vai me excitar.
Qual sua mandinga, feitiçaria, sortilégio?
Porque desejo sempre mais de você?
Sinto-me intima, conquanto evite invadir minha privacidade;
Desejo, apesar de, diretamente, não proferir palavra que desperte meu desejo;
E excito-me simplesmente com a possibilidade.
LFG, 20 de março de 2010.
Saudações brilhante escritora.
ResponderExcluirA quem deve tal confissão.
Quem és dono de palavras tão bem proferidas?
Gostei muito!
Kisses and welcome back.
Thanks!
ResponderExcluirA inspiração é a capacidade de iludir-se ;)
Beijos
A inspiração capacidade de iludir-se!
ResponderExcluirPensarei a respeito!
Beijos!
A ilusão é a projeção de algo real. Logo, o estímulo real precisa existir.
ResponderExcluirE prefiro sempre acreditar que, por derivar do real, a ilusão, quando perseguida, pode sempre voltar aos seus dias de realidade...
Hamilton,
ResponderExcluirpensar é bom, mas sentir é melhor!
Talvez a capacidade de se iludir seja tão grande que passa a ter sentido, SER sentido, enfim...rs
Beijos.
André,
ResponderExcluirreal é relativo quando não é efetivamente concreto.
Se não passou pelo tato, olfato, paladar, audição é real, mas é o meu real, que criei e recrio a meu bel prazer.
Não é o seu ou o nosso.
E isso, por si, caracteriza a ilusão.
Que seja real não é ilusão; é desejo que chega a doer!